Ouse. Ouse tudo.

"Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza senão não se faz um samba não"

quarta-feira, julho 26, 2006

Desafinada...




"Quem acreditou no amor, no sorriso, na flor
Entao sonhou,sonhou...
E perdeu a paz...

O amor, o sorriso e a flor se transformam depressa demais"

(Meditação de Tom Jobim por João Gilberto)



E venho colocar algo de alguém aqui, nesse espaço.
Mas convenhamos que é algo que vale muito mais a pena do que tudo que teve a pretensão de valer apena.
x)

domingo, julho 23, 2006

Triste ensaio de um belo texto

Então eu tenho a pretensão de escrever um belo texto...

E talvez escrevê-lo seja mais difícil e mais complexo do que deixar-se levar em linhas e colocar, em palavras, toda essa chama ínfima que acolhe-se ao peito, toda essa necessidade de exteriorizar o que arde, pq nao é vivido, nao concretiza-se em atos... aparece como um triste roteiro abandonado por todo e qualquer ator, indigno de ser vivido e contado.
Mas arde. E é assim, e por isso, que essa palavras sao ditas em vez de guardadas: por essa necessidade de por fogo...na vida... e ser uma bela história, encenada, talvez, num teatro de quinta, mas digna de alguém, digna de um conto.

Entao eu tneho o privilégio de dizer, talvez a alguns, talvez a apenas um só, toda essa santidade colocada de lado. Todo esse viver desregrado, toda esse lixo de valores jogados à minha volta. E assim, encenando meu próprio ato e tendo uma platéia menor, mas tendo uma platéia, poderia invocar o perdão entao, dos presentes: que me perdoem por essa vida desnecessária e esse andamento inútil, todo esses 20 e poucos anos que nao se resumem em um, que nem se resumem, pq passaram como se nao fossem de valor.
Invoco o perdão dos presentes nesse ato e enfim, retiro minha máscara de vergonha, essa máscara que esconde todo ser que vive inutilmente, yao viciados em ocultar-se que nao a retiram nem diante de si mesmo, por nao querer encarar e nao saber como viver com esse lado cru, esse lado humano: despido de convenções, o homem. Nu de valores, de ideologias, esse homem. Alguém que veste a máscara por ter vergonha de si, por nao saber como seria lidar com si mesmo, a verdade. E que veste essa mania de mentir o mundo e ao mundo pq o mundo mente tanto para si.

Entao fica aqui, esse triste ensaio para um belo texto, essa comédia despreparada, esse drama mal feito.
E fica porque nao sabe ir. Fica por nao encontrar o caminho ideal e ser uma bela peça. Fica pq nao nasceu ainda, talvez. Ou entao, pq nao nascerá... mas eu nao quero lidar com o nunca e nem sei lidar com o nunca... Muito em mim, ainda, tem de sonhos e esses, sao pequenas incertezas pretensiosas. Sao muitas certezas incertas de belos caminhos que não passarão despercebidos.
E assim, quem sabe, abrirei enfim as cortinas dessa minha peça: quando for digna da menor platéia a quem invocarei perdão pelo que ainda sou e pedirei licença pra ser mais.
E assim testemunharão essa mudança, mesmo sem aplausos finais...

sábado, julho 22, 2006

Paula

ahahah!
"A coisa boa de Paula é que ela tem sempre uma história de amor pra contar"




E isso ressuscita =)

quarta-feira, julho 19, 2006

...

E novamente lágrimas marcam essas páginas.
Minhas.

(P.M)





E rasgam a alma... e acolhem a dor...
Essa dor... =///

sexta-feira, julho 14, 2006

Licor de mim

É, nao se formam respostas quaisquer com elas.
Não traem-se valores ou formam-se surpresas porque, talvez, assim nao queiram, assim nao ambicionam.
E, novamente, usam-se essas palavras para nada dizer.
Absolutamente nada.
Tal como um texto qualquer dessa noite de hoje.
Tal como um sentido menor de nao buscar sentido.
Ou fechar,simplesmente, essa cortina que insiste em abrir e revelar algo.
Se seria espetáculo, comédia ou tragédia, fica-se a imaginar...
Pq nao existe vontade...
Nao atrae um público...
Não nasce como uma peça de sucesso.
Passa-se como um nada.
Mais um nada entre tantos nadas desse novo mundo.
Passa-se como essa novela que nao ousa chamar atenção.
Ou aquele outro livro impublicável.
Filme de décima categoria que nem ousou ser filme...

Encosta-se o que nao vale por medo de ver valer.
Encosta-se o que nao vale por medo de assim o perder.

Mas quem ousa valorar?
Quem presume-se autor de uma peça sem sucesso?
Quem sente no peito e acolhe em si um livro impublicável?
Quem nao peca por tentar?

Exemplificarei a mim, ser sem fim que sou.
Sem querer, sem ter por nao querer, sem buscar o porquê.
Exemplicarei a mim, ser discreto que sou.
Por medo de brilhar.
Por medo de sorrir mais alto e perder esse som.
Ou por nao querer sorrir...
E inesperar...

Aqui, nao ousa-se valorar.
Nao aqui, superficialmente.
Nao colherei em mim vontades que penso que me faltam.
Nao colherei em mim os anseios de uma alma inquieta.
Nao absorverei qualquer desejo sublime.
Nao serei tao eu que, por tanto ser eu, perdeu-se de mim.

Pq esse eterno descontrole de viver me causa insônia
Pq esse eterno descontrole de sentir é fugaz
E pq eu nao quero precisar de uma dosagem maior de mim
E nem quero reconhecer toda essa farsa.
Todo esse erro de ser, nunca tendo sido...

Por mais uma dose de qualquer licor que nao tenha esse meu sabor.
Por mais uma dose.

(P.M.)

quinta-feira, julho 13, 2006

Nestes Termos. Deferir?

Hoje, eu prefiro nao saber. Nem ficar pensando muito. Nem diagnosticar ou dá um laudo complexo. Nem escrever um parecer ou simplesmente falar o que eu acho. Não quero responder, nem opinar. Hj nao.

E também nao pensarei sobre aquilo que passou ou sobre os acontecimentos que virão. Sobre o que causará aquilo que explodirá em segundos, ou sobre os sintomas já demonstrados antes do fim. Prefiro nao falar da doença do mundo, sobre humanos.
Prefiro nao contar sobre atos, sobre sujeira e ambição.

Prefiro e preciso nao falar sobre o que come a Terra. Prefiro nao pensar em tudo aquilo que a engole quase completamente e cospe fora esse resto com o que convivemos. Ou sobre atuarmos eternamento, fingindo que tudo nao nos atinge quando nao chega de maneira direta. Que estamos salvos. Que existe salvação.

Preciso nao pensar qual dessas bombas, de todas essas bombas que existem , irao explodir primeiro. E se nos dizimarão. E nao quero pensar qual a origem de todo esse mal. Ou se esse mal nos atingirá de tal maneira que, enfim, prevalecerá. Acima de todo o resto. E toda a pretensão de bem. Ou sobre sua existência.

Nao falarei de Deus, Buda , ou sobre religiões. Nao falarei que está escrito, que alguém profetixou, que é o fim desse tempo velho e o começo de um novo tempo. Melhor? Nao ousaria falar sobre novos tempos.
Sou eu, escrava dessa era, tao escrava e tao condicionada a vivê-la que, aqui estou evitando falar de novos tempos...ou do fim desses tempos. De toda a falta que nos falta que culmina nesse fim. De toda a nossa desumanidade tao humana, tao inerente ao que somos. Sobre nós. Sobre o que destruímos. Sobre nos destruirmos.

Eu nao peço pra alguem falar num planeta próximo que foi destruído pelos seus proprios habitantes... mesmo que todas as forças do universo conspirassem para que continuasse a viver como planeta. Nao vou falar de quem se destruiu e levou consigo o que foi feito pra salvá-lo...

Nao julgarei o ser humano por simplesmente sê-lo. Nao pensarei em suas fraquezas por simplesmente senti-las em mim. Nao o desculparei pelos seus atos, pq nao me desculpo pelos meus. Nao o salvarei, pq nao busco salvação.
E tudo está perdido por pensar-se que tudo está perdido.
E por nao crer. Por ser eu.

(P.M.)

sábado, julho 08, 2006

Esse quadro...

Sobre amores hoje...
Quero pegar o início da história toda mas me pergunto se valeria a pena retroceder ao ponto de chegar ao ponto de recomeçar tudo isso.
Mas é sobre amores hoje...
E, novamente, vou tentando falar tanto sobre o que, ao final, nao saberei o que falar...

Mas vamos entender uma só coisa: aqui, nao busca-se sentindo, entende?
É como aquela famosa musica que fala de uma aquarela em que desenha-se tudo como deve ser...
É a historia do reino encantado,lembra? Aquele que nao passou de um sonho mas que foi tao real, tao real, que virou pra sempre uma bela história?
Entao ficamos aqui, nesse reino das maravilhas, sabendo que no fundo tudo isso inexiste mas querendo acreditar na possibilidade de sua existência.
Vamos ficando a falar sobre alguém rabiscando "o sol que a chuva apagou" ou sobre pessoas que nos amam incondicionalmente e o quanto as amamos de maneira igual.
Então transformaremos tudo isso numa história "par", pq o "ímpar" é triste e complicado e no fundo é sempre a segunda escolha: a escolha de quem nao pôde ser "Par"...

Eu tento explicar mas eu complico, é verdade. São perguntas enfurecidas demais pra essas respostas tao modestas. Intimidam, sem dúvida. Fazem com que a pouca convicção se iniba diante do grau de responsabilidade de ser tao convicta. E é aí que eu me complico explicando. E é quando eu deixo sem respostas...

Mas sobre amores hoje... o que falar?
O que colher dentro dessa árvore infrutífera?
O que falar se apenas é quem muita teve e por isso nao teve nada?
Como ousar hj?

Entao faz-se meia hora de silêncio em que penso novamente como adiar esse assunto.
É quando eu vejo que isso é soh uma representaçao do tempo de minha vida. E é como se tivesse tentando, também aqui, fugir de um campo inseguro. Mas a verdade é que, sobre isso, eu detesto falar de mim.

Entao voltemos ao nosso conto de fadas. Voltemos a parte em que alguém, talvez eu, de repente se vê amando intensamente e logo entao formando um "par". Escolhendo uma só vida dupla. Vida una. Aquelas, sabem? Que eles inventam e colorem como se nao tivesse defeito algum. Como se o reboco forte encobrisse de verdade todas as cicatrizes, imperfeiçoes, detalhes... Como se as revestindo completamente as transformassem enfim no que elas DEVERIAM ser....

Mas elas nao são, senhores. Sinto informá-los mas aquele belo quadro, emuldurado naquela parede de uma suntuosa casa rica ostenta apenas o quanto a farsa, o quanto a mentira valem hj em dia. E como são colocados numa posição de destaque quando, depois de muito trabalhados a ser como nao são, enfeitam as casas de quem os aceitam, iludindo-se com sua falsa beleza, ou identificando-se com sua mediocridade...
Medíocres quadros (amores) que negam sua condição de rascunho. Imbecis pintores que transformam a imperfeição em convençao. E enfeitam essas casas desses dias...
Triste daqueles que vêem o amor como belos quadros, esquecendo-se de sua condição de rascunho porque, assim, nunca o verão...

Mas foi sobre amores hoje, embora nao pareça. Embora eu tenha adiado tanto tempo contando sobre seu lado atroz que quase esqueci de falar sobre suas felicidades, dessa alegria...
É como se fosse uma cena distante, num fim de tarde, em que alguem dança sem musica e consegue ser feliz sem entender. Pega-se energia, pega-se algo distante, que nao parece ser do mundo, nao parece ser do homem, nem parece ser algo mas que muda completamente a maneira como se acorda e se vai dormir...
Que muda os sonhos e o rumo da prosa, do caminho, da maneira como se vai... É quando "rabiscam o sol"... E deixam-se sair sorrisos discretos que dizem tanto... E deixam-se brilhar os olhos, daquela maneira: singular... E deixam-se enfeitar papéis de borboletas e um Deus criar um mundo onde toda parte tem outra parte que pode se amar...
E é quando acredita-se nisso e escreve-se sobre isso e enfim consegue-se falar sobre o que nunca falou...

Pois foi, amigos... Foi sobre amores hoje.
E talvez isso, esse pequeno nada, signifique tudo...

(P.M.)

segunda-feira, julho 03, 2006

Dia 4 mata o dia 3

Operariando...
Tá relampejando um triste começo de um dia 4. Ainda triste, ainda quase-dia. 25 horas e nove minutos de um dia 3. Madrugada madrugadeira...veio mais cedo madrugar aqui...
Talvez, nada a dizer. Talvez algumas coisas, poucas. Resta saber se vale a pena insistir no "talvez" e fazer dele algo...ou um belo texto chato, como aquele lá que nada mais é que este aqui. :P

Pois são exatamente 25 horas de um dia 3 e eu nao tenho nada pra dizer nesse dia 4. E eu fico pensando entao, em que consiste tudo isso e o que me faz ter essa iniciativa de escrever e continuar escrevendo sem iniciativa. Nesses dias...
É...talvez esses dias não tenham sido inspiradores, ou talvez, por terem sido inspiradores demais tenham esgotados minhas energias deixando soltas pelo ar palavras e pensamentos inspirados. Qual o que?

Seria apenas algum impulso, alguma deleite noturno-diurno, nessa meia madrugada, meia noite ainda de um dia 4 que tanto parece um dia 3.
E eu me pergunto pra que...
E eu penso no que eu sonhei durante o dia, se algo que pensei, quis, desejei, daria enfim sentido pra tudo isso... Mas sonhar faz sentido?
Prefiro continuar vendo como mero sofrimento humano de esperança ingrata que degrada completamente essa vida de quem sonha demais e vive de menos, que projeta o "ser" como algo futuro e se imagina maior por ser achar pequeno... Puff...guarde os sonhos...perde-se tempo e renega-se o que é por desejar que nao seja.

Lembrando sempre que são apenas afirmações de um texto que ainda nao achou seu objetivo e a qualquer hora pode começar a acreditar em algo que mude tudo que antes foi dito e acreditado. Ainda são 25 horas e 12 minutos de um dia 4 que se confunde com um dia 3. Ainda existe tempo suficiente para fazer disso tudo um grande nada. E no final encontrar sentido assim: sem sentido.

E eu nao acredito mais que com o passar dos minutos chegue uma inspiração qualquer q mude tudo e faça quem não tem nada a dizer finalmente dizer algo que preste. Pq quem nao tem nada a dizer nunca falará algo com sentindo maior do que sua vontade de dizer algo. Mera inciativa primeira de um primeiro momento de segundo pensamento menor que um primeiro. Mera... só...

Desenham-se reis, criam-se rainhas, montam-se castelos, cidades, civilizações... fazem o casarão. Mas também fazem as senzalas.
E isso é um mero pensamento solto de sentimento. Não chega nem a ser um escopo do que poderia fazer sentido nesse dia 4 que a cada minuto mais se faz um dia 4 e morre como dia 3...

Talvez eu comecei isso apenas, pra saber que nao saberei como terminar. Que nao encontrarei sentido algum pq, entao, nunca se encontrará certeza suficiente que me faça acreditar que tem sentido. Que ganhe todo o espaço desse texto e determina um contexto enfim pra minha história. Pq seria apenas uma busca a mim. E seria apenas uma determinaçao de "EU"...Mas eu não acredito em nada que determine.
Talvez o sentido todo, essa necessidade toda desse texto, nessas 25 horas e 20 minutos desse dia 3 que morreu como dia 3 e já nasceu como dia 4, é apenas uma busca de sentido pra humanidade e a descoberta de uma eterna humanidade sem sentido, de um ser, humano, de retincências, indeterminado, com interrogação.
Mas nada disso tem sentido.
(P.M.)

domingo, julho 02, 2006

Você

E hj eu queria querer algo pra sempre...






"Ah, meu amigo, só resta uma certeza: é preciso acabar com essa tristeza , é preciso inventar de novo o amor"