Ouse. Ouse tudo.

"Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza senão não se faz um samba não"

quinta-feira, novembro 29, 2007

Havia uma doce intriga, um perfume de pecado, um não encostar de mãos que queriam estar juntas, uma timidez em entregar-se, afinal...

Os olhares não se encontravam e nunca sorriam ao mesmo tempo. Fingiam que não se viam e deixavam pra procurar um ao outro, quando ninguem tivesse notando.

Tem uma certa cortina que separa. Talvez medo, uma angústia de viver aquilo, uma insegurança em se soltar e cair em vez de voar...

Acho que antes de tudo, o certo é não pensar em cair. É deixar solto, é abrir asas, é olhar pro horizonte e ir além, até lugares que não se sonhava atingir, lugares que ninguém consegue ver, que poucos visitam, poucos chegam.

É amar sem medo de dar as mãos e não odiar sentir forte, sentir muito. É por aí: amar amando. E só.

A peça só começa, quando o palco deixa de ser apenas cortina vermelha.
E entram os atores, entram as emoções, falas e atos que se preparam pra viver e vivem.

A peça só começa quando o palco vazio se enche de vida, sorrisos ou dramas, abraços, danças e o que quer que for.

E a peça nunca acaba, porque mesmo que termine, o único fim verdadeiro que posso vim a ter é quando se esquecem dela.

E penso que é assim, simples: lembrar, voar e viver.

1 Comments:

  • At 10:08 AM, Blogger Waléria (Léla) said…

    Olá Paula
    imagino q os escritos são seus
    gostei
    ou melhor me identifiquei
    é difícil encontra pessoas que falem de forma simples sentimentos tão fortes, que muitas vezes a humanidade sofre neles mais não ousa neles :)
    parabéns

     

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