Ouse. Ouse tudo.

"Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza senão não se faz um samba não"

terça-feira, novembro 14, 2006

Inquisitores

Quem tem o poder de julgar?
Quem determina o que é certo ou errado, ou torna algo considerado certo em incerto e algo visto como errado como sendo certo? Quem delimita os cenceitos sobre o que deve ser feito?
Entao delimitam-se leis, mandamentos, pecados capitais, imoralidade, carrascos, cárceres, forcas, perfeitos e errados.
E daí exclui-se o que nao é tido como certo. Entao sobram os loucos ou aqueles que nao saosuficientemente sãos pra dançar essa dança delimitada, nesse ritmo, coordenada, nesse passo, feita, desse jeito.

Sobre os que entendem-se corretos, confesso que, rindo de sua pretensao, desiludo-os desde já. É uma busca sem fim. E isso, perceberão, enquanto vivem.
Sobre os que consideram-se acima da verdade, a Lei, digo-os: enquanto uma nova lei nao tornar-se vigente, prevalecerão. Mas depois tornar-se-ão meros artigos revogados.
Sobre os que condenam a vida, punificando-a com a morte e o sofrimento, enxergo: mero engano tomar pra si essa obrigaçao de condenar os defeitos alheios. Mera inutilidade viver uma vida sua, mortificando a dos outros. Mero desagrado inútil que tomou pra si. Carrascos sao enganados com a idéia de que fazem justiça. Carrascos matam: simples e só.

Eu nao sei de onde saíram essas verdades. Parecem, desde aí , certezas. Digo, desde já, que nao passam de escritos inseguros, sem base, sem chão, sem fundamento, puramente algo que se faz pq nao se fez algo diferente.

Nao me levem a sério. Isso nao é poesia. É um pouco de revolta por si causada por outros. É um discurso curto, de quem encontra-se com uma forca envolta no pescoço, prestes a cair. É o externar quando se é condenado. E uma raiva incontida transmitida em palavras. Desculpem, nao sou perfeita, nem tenho pretensao de ser. Mas, em nenhum momento, aceito esses carrascos sociais que condenam atitudes, como se fosem dignos cumpridores da lei. Sinto raiva de quem maximiniza coisas fúteis e com isso menospreza os sentimentos. Inquisitores morais que pecam por acharem-se perfeitos, transformando a vaidade e a soberba em fundamentos essenciais a despeito de todo o resto.

E viva aos que sabem sorrir e conseguem fazer isso sem culpa.

1 Comments:

  • At 10:59 AM, Anonymous Anônimo said…

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