Ouse. Ouse tudo.

"Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza senão não se faz um samba não"

domingo, outubro 29, 2006

O que é de pecado??

Eu começo esse texto dizendo que por mais que se peque com o apreço
nao há pecado nenhum em amar demais

Eu vejo a dor que reinicia com um sentimento
vislumbro a cor de suas lágrimas, suas canções de amar demais, seu copo vazio depois de mais um copo de tristeza, sua solitária mesa afastada das demais, seu olhar para o nada...
vislumbro esse homem, vislumbro essa mulher,
dos dois que se querem nasceu essa injusta funçao de existir separadamente, a parte...
e o que mais seria justo no mundo depois disso?
o q mais teria força ou beleza se aos coraçoes dá-se remédios, artifícios qualquer para anestesiar essa vontade de unir-se indefinidamente?
E se fossem buscar sentido pra isso o que, ademais, teria sentido igual ou tanto quanto?
O q mencionaria mágoa de ser inútil pois só aceita o sentido de ser grande e ser forte?
O que terminaria com um sorriso pacífico de sentir-se pleno?

Eu termino esse texto dizendo que por mais que se peque com o apreço
só há pecado algum em amor pequeno, fraco sendo, ou nao sendo.

Eu vejo a falta de agonia no peito
vislumbro o preto e branco de seu sorriso, suas cançoes simples, seu copo cheio numa mesa de amigos, seus beijos sórdidos, sua noites agitadas... suas manhãs sem sentido...
vislumbro esse homem, vislumbro essa mulher
dos dois que nao se querem demais nasceu essa justa funçao de existir conjuntamente, em uniao...
e o que mais seria justo no mundo depois disso?
e o que resta de força e beleza em coraçoes anestesiados com desejo efêmero, essa vontade de preencher-se com algo que, embora nao preencha por inteiro, estah presente?
o que dizer aos que nao tentam fazer-se forte?
Que não traga qualquer utilidade à vida que se faça vida, que faça sentir-se como vida?
Todo artifício para fazer-se sentimento, toda tentativa de ser grande e forte
mencionaria mágoa de nao ser nada, de ser inútil, pois nao há sentido grande em amor pequeno.
E eu nao vejo sorrisos de plenitude nisso...

(P.M)