Ouse. Ouse tudo.

"Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza senão não se faz um samba não"

quinta-feira, abril 20, 2006

"Ninguém reparou na lua"



Quem colhe as melhores flores sabe escolher as melhores pessoas?
Seria mais que ineficaz usar qualquer método pra separar o bom do ruim...acredito que simplesmente nao se tem o poder de escolha ou de controle sobre isso, sobre nada.

As pessoas simplesmente entram e as pessoas simplesmente saem... aparecem como uma lua crescente a esperar o dia em que se completem seus dias e desapareça do céu. E vão entrando sempre. Um sorriso aqui que se encaixa com outro ali, um olhar que se encontra e enxerga mais que qualquer outro... uma frase jogada ao vento que chega no ouvido de alguém e passa a significar muito em sua vida. Em cada lugar, em cada primeiro momento, sua grande significância. Que passa.

Perdão, desiludi-los amigos, mas passa. Poucas coisas são constantes mas podem ter certeza que primeiros momentos nunca o são. Perdem a força depois dos momentos seguintes, perdem o sentido em existir pq passam a ser ocultados por horas, dias, anos ou simplesmente um minuto que se segue...e muda tudo. Aquilo que vc enxergou ontem sobre a pessoa que vc pensa hj, nao existe mais. Era um vislumbre do que vc desejava que fosse. Apenas uma mera ilusão de quem, com fé, aceita o que vem e luta pra que siga como algo bom. Se luta. Mas nao se ganha. Não a favor dos primeiros momentos, de sua eterna existencia, nao se ganha quando se luta por eles pq o destino deles como primeiros momentos eh serem esmagados completamente na estrada que se vai....e deixar de existir, eis um destino certo. Pq dizem que nao mais se deve retornar ao início na estrada da vida. Não se deve regridir quando se tem um longo caminho pela frente. Não se deve buscar os primeiros, os segundos, terceiros, décimos momentos. E sim buscar o q vem pela frente. Ninguem vai se lembrar daquele sorriso tao sincero e esperançoso que vc deu quando quis conhecer aquele rapaz. Ningúem vai lembrar do brilho dos teus olhos naquele dia. Ninguém. Nem ele. Nem vc. Pq o dia nao deixa, a vida nao permite.

Será?

Resta uma resposta. Aquela que vem a seguir. Que, logicamente, passa a ser a atriz principal dessa mera reflexão. Sucede a pergunta em seu tempo e com isso, em sua importancia. O que vem pela frente, senhores, é o que importa. Os tempos voam e a força desses ventos nos carregam sem licença. E chega naquele canto onde só se chega quando se é levado. Voem com o tempo, srs, pq poucas coisas valem o suficiente pra permanecer. E devem importar? Resta a resposta. Aquela q sucede a pergunta e se torna a atriz principal. Até o momento em que se conclue a peça. E uma nova pergunta se torne importante...e uma nova resposta venha derrubar sua importância.
E assim vai o tempo da vida...

E isso nao são conselhos. Isso sao questionamentos que faço. Não sou superior pra aconselhar e determinar uma certeza qualquer. Sou humana demais pra isso. Não darei, sequer, um tiro certeiro em vida. Passarei tentando acertar o meio do alvo e passando ora bastante longe, ora perto demais, mas nunca certo. E isso pq sou humana. E isso pq, como tal, vivo fugindo das sombras que essa estrada traz e por medo do escuro, nao busco o alvo certo em lugares que considero sombrios. As assombrações do medo é aquilo que impede o homem de acertar completamente. Elas assombram a luz da vitória, que se encontra coberta pelos ramos escuros do recanto do medo. Tenho a covardia de ser humana e o receio de ultrapassar os limites do q considero seguro. Assim como quase todos mas que, como poucos, reconhece isso.

E me dê um dia pra mudar meu pensamento. E tudo isso perder a significância.